São Judas Tadeu
(Apóstolo)
George de La Tour
Museu Toulouse-Lautrec - Albi
São Judas Tadeu é, sem dúvida, hoje, um dos santos mais populares. No entanto, embora figurasse entre os apóstolos de Cristo, a devoção por ele se inicia tardiamente, uma vez que foi durante muito tempo "deixado em segundo plano" em função de seu nome, que se confundia com o do "apóstolo traidor", Judas Iscariotes.
São Judas era primo de Jesus, pois era filho de Alfeu, também chamado de Cléofas, irmão de São José. Ao que se sabe, seu pai era um daqueles discípulos de Emaús, a quem Jesus apareceu naquela tarde do dia da Ressurreição. Quanto à sua mãe, ela era uma das mulheres que se encontravam ao pé da Cruz de Jesus, junto com Maria Santíssima.
Michele Annoni - 1785
Museu de História e Arte de Valtellina
São Judas - aquele mesmo apóstolo que, na Última Ceia, pergunta a Jesus por que Ele havia se manifestado a eles e não ao mundo - demonstrou sempre um grande ardor pela causa do Reino e, então, o desejo de que o Evangelho se tornasse conhecido de todos. Era o chamado à missão, típico do cristão, daquele que ama a Cristo e guarda a sua Palavra. Ele o amava, e precisava garantir que todos o fizessem também, para que fosse possível se realizar aquela resposta que Jesus lhe havia dado naquela Ceia: "se alguém me ama guardará a minha palavra e meu pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada" (Jo 14,22).
Vincenzo Damiani - séc. XVIII
Igreja de São Martino de Monselice, Itália
São Judas morreu mártir, provavelmente no dia 28 de outubro de 70. Foi perseguido graças à coerência que mantinha entre a sua fé e a sua vida, e em função da força de sua pregação, coisas que impressionavam de tal forma os pagãos que estes se convertiam "em massa". Provocando a fúria de feiticeiros, ministros pagãos e falsos profetas, estes acabaram por incitar parte da população contra o santo, que morreu, possivelmente, trucidado a golpes de machado. Esta é a maneira considerada mais provável e, por isso, a sua imagem traz frequentemente uma machadinha em suas mãos. Traz também uma Bíblia, lembrando o seu amor pela Palavra de Deus; e um colar, cuja medalha traz o rosto de Cristo, com o objetivo de destacar a sua semelhança com aquele que era seu primo.
Nicola da Urbino - 1525
Museu Cívico de Pesaro, Itália